Pular para o conteúdo principal

Literatura Internacional x Nacional: Por que há preconceito?




Nós, árduos leitores sempre temos novidades de diversos livros, temos nossas preferências em gêneros, autores, tamanhos, formatos... entre tantas outras características! Acabamos lendo qualquer coisa que nos aparece na frente, não é mesmo?

Se acabamos nos limitando por essas características ou não, a questão é: por que há um preconceito na literatura brasileira? Por que pensam que a literatura internacional é melhor? O que difere uma da outra?

Ok, esse é um tema tanto polêmico, certo? Mas temos que analisar todos os motivos que levam a esse possível preconceito.

Muitas pessoas pensam que um livro internacional tem uma escrita melhor, o autor ou autora é conhecido(a), tem uma credibilidade, o leitor já está sabendo o que esperar.
Dá para listar inúmeros fatores que levam um leitor a ter esse pensamento!

Hoje em dia no Brasil os autores estão tendo uma chance maior, já que a segmentação da publicação independente está fazendo o autor manter seu próprio público, sem depender de grandes editoras. Chegamos então em outra questão, a editora! É perceptível a divulgação de uma editora com um autor ou livro, por que um é mais valorizado que o outro? “Mas e aquele autor daquele livro? Vocês nunca mais divulgaram ele!”

Dá para ficar aqui o dia inteiro falando e não obter respostas.

Eu não lia livros nacionais – apenas o que a escola mandava ler – antes de virar escritora, depois desse capítulo se iniciar na minha vida eu comecei a perceber o quão grande é esse mercado no Brasil, eu pensava que era uma indústria bem pequena, que se sustentava em autores internacionais e hoje eu vejo que eu estava burra e cega demais! O tamanho que esse mundo literário tomou e ainda toma é além do que temos capacidade de contar e com conteúdo muito bom.

Livros internacionais são bons, eu resenho diversos deles, gosto de novas histórias, mas temos que pensar que por muitas vezes também um autor se inspira nesses livros, nos autores também. Se você acredita que o mundo literário internacional é bom, e pensando que o Brasil vem se derivando dele (do bom) – também, pois eu sei que não é só de lá, há relação de autores nacionais para nacionais – automaticamente você TEM que pensar o mesmo (que realmente também é bom), certo?

Não, não é assim e é inexplicável pensar o porquê não! Não é injusto esse pensamento? Posso destacar nomes melhores do que muitos autores internacionais aqui, mas não quero causar polêmica, mas é porque existem sim. como vice – e - versa.

Eu sou uma escritora nacional e vejo como é difícil publicar no Brasil, devem pensar também que por não conseguirmos, não temos qualidade o suficiente para editoras. Mas essa não é a verdade, depende muito de quantos livros elas já têm na fila para publicar. Cada dia é uma lição diferente e uma batalha para vencer, não adianta desistir se você, por exemplo, escreve e tem esse pensamento em mente “Ah, não vão gostar do meu livro” ,“Eu não escrevo bem”, “Não acho que publicar vale a pena, nenhuma editora vai ligar para mim.”

Não pense assim, insista, persista e não desista! É difícil, mas não impossível.

Voltando no quesito internacionais e nacionais, acho que devemos ter em mente que livro é livro independente da nacionalidade ou do autor, se um livro é mal escrito, é porque não passou por uma boa revisão, se um livro é bem escrito é porque sim, houve uma boa revisão. Mas não devemos desprezar as obras que temos, devemos sim, valorizar e muito, há ótimas histórias por aí precisando de leitores, e você pode apoiar e mudar a vida de um autor, pense nisso e deixe o preconceito de lado.

Somos todos leitores, afinal.


Paula M. C. Basílio
blogueira e autora

Conheça no:

Comentários

Postagens mais vistas

Resenha: The Roman - Sylvain Reynard

LANÇAMENTO: 06/12/2016 TÍTULO: THE ROMAN GÊNERO: FICÇÃO, THRILLER, ROMANCE AUTOR: SYLVAIN REYNARD NÚMERO DE PÁGINAS: 300 EDITORA: EVERAFTER ROMANCE IDIOMA: INGLÊS SINOPSE Raven e sua irmã, Cara, estão à mercê de um pequeno destacamento de vampiros florentinos, que estão entregando-as como uma oferta de paz para a temida Curia em Roma. Embora não tenha certeza de que William sobreviveu ao golpe que derrubou seu principado, Raven está determinada a proteger sua irmã a qualquer custo, mesmo que isso signifique desafiar Borek, o comandante do destacamento. Em um esforço para impedir que Raven caia nas mãos de seus inimigos, William se põe à mercê do romano, o perigoso e misterioso rei vampiro da Itália. Mas o romano não é o que ele espera ... Alianças e inimizades mudarão e se fundirão quando William luta para salvar a mulher que ama e seu principado, sem mergulhar a população de vampiros numa guerra mundial. Esta conclusão impressionante

[SESSÃO DE RESENHAS] Filme: Lucy

    O filme francês, Lucy é do ano de 2014 e pertence ao gênero ficção científica. É estrelado por nomes como Scarlett Johansson e Morgan Freeman.     É um filme que particularmente a mim, desde que vi, não sai da minha mente, quebro a cabeça sempre por causa do enredo, até entender. Claro, sempre tenho em mente a base da “lição” do filme, do tamanho da “metáfora” que o roteirista montou em cima do filme. Mas, ainda acredito que dentro dessa resenha faltará algo, mas vamos lá!      Lucy, personagem pela qual a atriz Scarlett Johansson interpreta, é uma “mula” de drogas, pessoas pelas quais carregam droga dentro de si para exportação da mesma em outros países, sem ser detectada, no qual mafiosos estão envolvidos. Esta droga, no entanto é um tipo de nova droga, são pedras azuis brilhantes. Ela acaba sendo presa até o dia da partida dela para outro país, junto com outras mulas. Um dos mafiosos então decide querer abusá-la, porém a  mesma, acaba negando, o que leva ao homem to

Review: The Roman - Sylvain Reynard

RELEASE DATE: DECEMBER 6TH TITLE: THE ROMAN GENRE: FICTION, ROMANCE, THRILLER AUTHOR: SYLVAIN REYNARD PAPERBACK: 300 PAGES PUBLISHER: EVERAFTER ROMANCE LANGUAGE: ENGLISH SYNOPSIS Raven and her sister, Cara, are at the mercy of a small detachment of Florentine vampyres, who are delivering them as a peace offering to the feared Curia in Rome. Though she’s unsure William survived the coup that toppled his principality, Raven is determined to protect her sister at all costs, even if it means challenging Borek, the commander of the detachment. In an effort to keep Raven from falling into the hands of his enemies, William puts himself at the mercy of the Roman, the dangerous and mysterious vampyre king of Italy. But the Roman is not what he expects … Alliances and enmities will shift and merge as William struggles to save the woman he loves and his principality, without plunging the vampyre population into a world war. This s